Que amigo te faz falta?

Exato 1 ano. Foi a despedida de uma figura muito importante em toda a estrutura que desenvolveu o que somos e no meu caso particular, como lidar com as coisas em momentos complicados. Aprendi a leva-la como lição de que nem a idade avançada que tinha impedia de pensar como jovem e sorrir com os problemas, um ponto de referência máximo quanto a otimismo. 

Infelizmente a vida tem dessas...ela te tira as melhores pessoas de sua vida, no momento que elas devem partir pra um lugar menos atordoado e com menos caos que essa atmosfera estranha e cinzenta que vivemos. Começo este post deixando toda a minha saudade a minha vó Ana que se encontra lá em cima, e todas as noites tem uma estrela da cor daqueles olhos azuis me olhando como se falasse “estou aqui, está tudo bem, sorria!”. Está tudo bem...ela tinha razão, acertou o meu futuro em um ano que já não estaria pra ver o que deu certo. Mas está tudo bem agora.

Durante nossas vidas perdemos muitas e muitas pessoas, imediatamente lembrei do Rock in Rio , Metallica, Cliff Burton, Slipknot e Paul Gray.

Quem assistiu aquele show do Metallica deve ter sentido um clima diferente, é como se tivesse um quinto integrante em cima daquele palco, o público do metal jamais esquece os seus bons filhos imaginem então os quatro da banda. As circunstâncias tornam a saudade muito intensa, por mais que passe um longo tempo. E este é o bom e velho exemplo de Cliff Burton eternizado na memória de quem conviveu ou gostava de seu trabalho.

E o que dizer então de Corey Taylor?

Aquele vocalista que provoca um caos, manda um foda-se a sociedade hipócrita ao mesmo tempo de um espetáculo de interatividade com o público usando uma máscara que assusta multidões se perguntando “que porra é essa?”.

Simplesmente pode ruir como um homem comum em lágrimas com a falta de um grande amigo, Paul Gray ( falecido em 2010 ) que era muito mais que um companheiro de banda, trabalho e brincadeiras.  Assistam o vídeo abaixo e vejam :

Hoje com as mídias sociais todo mundo é amigo até certo ponto, mas duvido que alguns destes o visitem em uma cama de hospital ou por livre e espontânea vontade em sua própria casa. Os verdadeiros amigos sempre prevalecem, não importa o quanto o mundo mude e acelere.

Eu devo estar perdido na ordem do texto, também devem pensar que desvirtuei o blog pro sentido sério da coisa abandonando ironia, bom e mau humor... mas pra mim não tem importância que pensem isso, pois aqui me represento em palavras de acordo com o momento.

Só quero deixar esta lembrança que apesar de muitas lágrimas amigas e de parentes ainda ocorrerem, eu tenho uma visão feliz desta senhora de fios brancos e olhos azuis que pouco via nos últimos anos, hoje habita um lugar sem dor e sem um ódio bobo.

Então me resta honrar amigos e entes queridos perdidos ao longo destes anos com cada lembrança, com cada momento de saudade, e principalmente fidelidade na crença e respeito que tinham por mim. Sei que muitos tentam tornar-se um pedaço de pedra e suportar tudo como se fosse o "The Iron Man". Mas a coisa não pode funcionar assim amigos...

Somos homens comuns...até morrermos.