Julho chegou, um mês quente dedicado a tudo que envolve calor também, como relações de verão, praias, "Sal" como chamam para Salinas e diversão. Pra mim, é um divisor de águas, pois no segundo semestre é que geralmente "o bicho pega", e pra mim não vai ser diferente.
Tou enrolando pra falar do show, eu sei, mas tem que haver uma introdução do mês mais amado por crianças que soltam pipas/papagaios e universitários em greve prontos para se sujarem de areia. Mas vamos ao grande show que tive oportunidade de ver : Los Porongas na Turnê Norte.
Quanto ao show : cheguei no local e me deparei com um público preocupante, nada além do normal, sempre chego cedo aos eventos/shows que me proponho a assistir/participar. Com o tempo foram chegando as pessoas e inclusive o mestre Laurentino, aquele senhor que é tão mestre que tu não acreditas que ele é de verdade, ali, sentado tranquilo com toda sua experiência na cultura local e uma serenidade que lembra a do meu e seu avô. Aquela mesma admiração de um neto tem por seu avô, foi a minha.
Mandou muito bem com Os Cascudos, como eu disse durante a noite : "muito melhor que uma penca de vocalistas por aí, que se acham os fodões, mas não sabem ao menos sincronizar simples notas..."
Não consegui gravar a música inteira, mas estes pouco mais de 30 segundos, valem a pena :
Parabéns, Mestre, você é um baita orgulho!
E depois disso ficou a ansiedade do show principal da noite com o Los Porongas, banda do estado do Acre, tão sacaneado por diversas vezes, inclusive por mim, admito. A banda atualmente reside em São Paulo, então é mais uma da cena amazônica que se desloca para o grande centro nacional para galgar bons frutos e conquistar mais fãs, e é mais uma que particularmente torço para que consiga mais e mais fãs.
Porque os caras são bons, não apenas em qualidade sonora, também em composições, que se encaixam muito com o mundo cotidiano escroto que vivemos. Sem precisar "ser escroto" propriamente, bastam palavras bem interpretadas.
Porque os caras são bons, não apenas em qualidade sonora, também em composições, que se encaixam muito com o mundo cotidiano escroto que vivemos. Sem precisar "ser escroto" propriamente, bastam palavras bem interpretadas.
O show acontecia, o público não era tão grande, mas era bastante intenso. E nem uma guria que queimou meu braço com um cigarro pode atrapalhar aquela noite, que por sinal, vejam só QUE NOITE :
Com o passar do show os pedidos desesperados de músicas persistiam, e o vocalista (Diogo) se envolvia mais com o público, diferente da última vez que estiveram por aqui que o palco do Festival Se Rasgum era um pouco distante do público, e não tinha como haver um certo contato mais próximo.
Lógico que todo show há pessoas e pessoas, algumas foram unicamente para mostrar seu talento na arte da flatulência, ou peido, como queiram. Outra foram por curiosidade, outras porque estavam hospedadas no hotel onde o show foi localizado, outras porque eram fãs daqueles de saber até qual é a cor preferida dos integrantes e outros com o mesmo propósito : fazer com que a banda se sinta em casa, como um grande grupo de amigos, que fizeram no final do show, Diogo se emocionar e encher os olhos de lágrimas.
Creio que naquele momento tenha passado mil coisas na cabeça dele, traduzi o momento como :" imagina só, depois de um tempo estamos longe de casa, família, todos...por este Brasil gigantesco e voltamos pro Norte com esse público bonito e fiel, não nos esqueceram, como bons amigos não nos esquecem..."
Saí feliz, e com alguns vídeos do show :
Vaca Profana - Los Porongas (vídeo de Carmen Pereira)
Vaca Profana - Los Porongas (vídeo de Carmen Pereira)
A Dois - Los Porongas
Trecho de "Sangue Novo" - Los Porongas
Até breve, amplexos!
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